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Símbolo de luta e resistência, ao longo dos anos a mulher negra vem trilhando uma longa trajetória em busca de oportunidades e de uma sociedade mais igualitária. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra, latino-americana, caribenha, celebrado no último dia 25, esse assunto foi pauta de reflexão na Águas de Matão. O Comitê de Igualdade Racial da empresa preparou uma atividade especial para debater o tema com os colaboradores.
A ação, que integra as atividades do Programa Respeito dá o Tom, envolveu uma palestra proferida por Alessandra Laurindo, socióloga, vice-presidente do Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e Consultora de Políticas Públicas.
Durante o bate-papo, a socióloga abordou as questões relacionadas à importância e a maneira como a mulher negra se destaca na sociedade, diferenças salariais e cargos, violência, atendimento médico e preconceitos ainda vivenciados neste século, após 131 anos de abolição da escravatura.
A apresentação destacou a história de Tereza de Benguela, estrategista militar e dirigente política considerada rainha, que assumiu a liderança do quilombo Quariterê logo após a morte de seu esposo, José Piolho, e se tornou uma importante força entre a comunidade composta por 79 negros e 30 índios, resistindo à escravidão por quase duas décadas. Em 2014, foi sancionada a lei 12.987, que instituiu o dia 25 de julho como o Dia Nacional da Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Segundo a socióloga, é fundamental que as empresas estabeleçam programas de incentivo à diversidade e fomentem o debate sobre a questão da equidade racial para que, desta forma, o colaborador seja um agente multiplicador destas temáticas.
“É importante que as empresas tenham esse olhar, principalmente da diversidade da inclusão do negro no mercado de trabalho, e trabalhem temas como esse, fundamentalmente nesta época na qual comemoramos o dia da mulher negra. Com essa percepção, é possível mover todas as estruturas e movimentar a consciência do funcionário para que ele multiplique o assunto com os vizinhos, família, amigos e, desta forma, trabalhe a desigualdade não só no âmbito corporativo, mas em outras áreas como educação, saúde, cultura e todos os temas que foram abordados aqui”, enfatiza Alessandra.
De acordo com o supervisor de Responsabilidade Social e membro do Comitê, Paulo Guerreiro, a atividade partiu do princípio de valorizar e enaltecer a luta da mulher negra ao longo da história. “Para essa ação, o Comitê trabalhou com o propósito de ampliar o debate sobre a contribuição histórica da mulher negra ao longo dos anos para a construção de uma sociedade mais igualitária, dando luz a fatos e evidências que, por inúmeros motivos, acabaram se perdendo ou nem sempre foi retratado com a importância que o caso merecia.  Além disso, buscamos com essa atividade valorizar a importância da mulher em um âmbito geral e resgatar o sentimento de orgulho e pertencimento deste grupo”, explica o supervisor

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